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3 de fev. de 2013

O cristão pode dançar em ocasiões festivas?

 
Aluna da Cia. - Isabela Lima, dançando em um casamento.
 
 
Por Hermes C. Fernandes

“Mas, a quem assemelharei esta geração? É semelhante aos meninos que se assentam nas praças, e clamam aos seus companheiros, e dizem: Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamo-vos lamentações, e não chorastes.” Mateus 11:16-17


Supondo que a questão da dança como expressão de louvor esteja superada, passemos adiante e reflitamos sobre a dança em seu aspecto social.
Haveria alguma base bíblica que respaldasse o boicote dos cristãos à dança? Seria errado que um pai de família dançasse a valsa na celebração dos quinze anos de sua filhinha? Ocasiões como casamentos, aniversários e formaturas não poderiam ser festejadas com danças? O marido que num rompante romântico tirasse a esposa para dançar estaria cometendo algum sacrilégio?

Sugiro que deixemos de lado nossos preconceitos e investiguemos o que dizem as Escrituras sobre isso.
O sábio Salomão salienta que “tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derribar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar (Ecl.3:1-4).
Certamente que ele não estava referindo-se à dança litúrgica, mas a celebração que fosse o contraponto do pranto e do luto.  Se num funeral, pranteava-se, num casamento era comum que os convivas acompanhassem os nubentes na dança.  No Israel dos tempos bíblicos, não havia bodas sem baile. Seria como um casamento sem bolo em nossos dias.  Duvido muito que o próprio Jesus não tenha dançando durante as bodas de Caná da Galileia. Teria sido uma desfeita, pra não dizer uma afronta.

Muitos cristãos preferem não frequentar festas porque se sentem deslocados quando a turma começa a dançar. Uns, simplesmente se levantam, e saem à francesa. Outros se sentem afrontados por acharem que sua presença deveria impor algum respeito.  Ora, se somos orientados a “chorar com os que choram e alegrar-nos com os que se alegram”, logo, deveríamos, no mínimo, sentir-nos contentes de vê-los celebrar.  Jamais deveríamos portar-nos como “estraga-prazeres”.
Lemos em Juízes 21 que a tribo de Benjamim se via ameaçada de extinção e que, por isso, seus homens foram a uma espécie de baile à procura de moças para se casarem.  “Quando as moças estavam dançando, cada homem tomou uma para fazer dela sua mulher. Depois voltaram para a sua herança, reconstruíram as cidades e se estabeleceram nelas” (Juízes 21:23). Aquela tribo foi salva por um baile.
É claro que não estamos aqui fazendo apologia aos bailes onde prevalece a imoralidade. A própria igreja ou as famílias poderiam promover celebrações onde os jovens pudessem se alegrar e bailar de maneira decente, saudável e divertida. Quantos anciãos poderiam aproveitar um baile da terceira idade para fazer amigos e até encontrar alguém com quem pudessem compartilhar o restante de sua vida!
Além de espirituais, também somos seres sociais.
Também não estou defendendo que se façam bailes como estratégia evangelística, mas como celebrações legítimas para o próprio povo de Deus, onde possamos dar boas gargalhadas, brincar entre amigos, cantar, dançar e festejar sem nos preocupar com críticas dos que se consideram super-espirituais.
A ausência de dança representava juízo de Deus sobre o Seu povo
Na Antiga Aliança, a falta de dança era resultado do juízo de Deus sobre o Seu povo.
“Cessou a alegria de nosso coração”, desabafa Jeremias,  “converteu-se em lamentação a nossa dança” (Lm. 5:15). Se o coração de Deus não estava alegre, isso acabava refletindo na vida social do Seu povo. Cria-se que a alegria do Senhor era força do Seu povo. Se Deus estava satisfeito, logo, todos festejavam. 

A propósito, o Deus que se revelou aos patriarcas e profetas é um Deus festeiro. Não foi à toa que Ele estabeleceu quatro festas anuais em Israel, e todas elas regadas a muita dança. 
Ora, se a ausência de dança indicava juízo, sua volta marcava a restauração da alegria do povo.
O mesmo profeta prediz:
“Então as moças dançarão de alegria, como também os jovens e os velhos. Transformarei o lamento deles em júbilo; eu lhes darei consolo e alegria em vez de tristeza.” Jeremias 31:13
O salmista também testifica: “Mudaste o meu pranto em dança, a minha veste de lamento em veste de alegria” (Sl. 30:11). Restauração é a palavra-chave. Onde quer que ela ocorra, sobram motivos para festejar.
Foi o que aconteceu no retorno do filho pródigo. Aquele momento precisava ser celebrado. Por isso, o pai mandou anunciar que naquela noite haveria baile na fazenda.  Não era um culto, mas um baile. Porém, aos ouvidos de Deus aquele baile soaria como um autêntico culto de ação de graça. Enquanto todos se divertiam, o filho mais velho que passara o dia no campo trabalhando chegou perto de casa, e “ouviu a música e as danças” (Lc. 15:25). Aquela foi a gota d’água. Ofendido, ele recusou-se a entrar na festa. Foi preciso que o pai saísse ao seu encontro e o convencesse de que aquela era uma ocasião propícia para celebrar. O filho que estava morto havia revivido.
Quantos de nós temos reagido exatamente como o filho mais velho da parábola? Não admitimos que outros celebrem. Questionamos suas motivações. Achamos que a única razão de celebrarmos é o fato de sermos salvos. Ok.  Esta é a mais forte razão, mas não é a única. Por que não festejarmos o nascimento de um filho? Por que não sair pra dançar com a esposa no aniversário de casamento? Por que não tirá-la pra dançar na sala de estar ao som de uma música romântica? Será que o Espírito Santo se sentiria ofendido ao ver um casal abraçado dançando romanticamente? Creio que não. Aborrecido ficaria ao vê-los brigar, discutir, se agredir verbalmente.
Sempre haverá ocasiões especiais para serem celebradas com danças. Lemos que “quando os soldados voltavam para casa, depois de Davi ter matado o filisteu, as mulheres saíram de todas as cidades de Israel ao encontro do rei Saul com cânticos e danças, com tamborins, com músicas alegres e instrumentos de três cordas.” (1 Sm. 18:6). E não eram propriamente louvores a Deus que entoavam.
Há quem pense que só podemos dançar canções que exaltem o nome do Senhor. Porém, há canções que, ainda que não mencionem o nome “Deus”, exaltam valores que nos são caros, tais como família, amizade, amor, etc.
Confesso que não me sentiria confortável dançando com a minha esposa ao som de louvores. A ocasião não é própria para isso. O que não falta é oportunidade de louvar ao meu Deus, e acho que Ele não se sente enciumado quando tiro minha esposa para dançar ao som de uma canção romântica secular. Desde que sua letra não afronte minha fé e meus valores, nada impede que eu a curta ao lado de quem amo.
No próximo post quero abordar o outro lado da moeda, mostrando como a dança tem sido usada como instrumento de sedução e alienação. 

[Comentário do blog Cia. Geração Profética - Ao publicarmos o artigo, não quer dizer necessariamente com tudo o que foi dito (com muita sabedoria, por sinal). Pois somos um corpo de vários membros. E cada um possuí seu pensamento sobre o assunto. Resolvemos compartilhar, pelo conteúdo expresso de forma tão sábia. Esperamos que tenham gostado.]

Um comentário:

  1. Legal o post :)

    Tudo pode se tornar errado nas mãos de quem não sabe usar inclusive a dança ... Para mim a técnica é MEGA importante, porém técnica muitoos tem e unção para dançar profeticamente são poucos...

    dps se quiser olha meu blog:

    http://naiamelo.blogspot.com.br/

    tem coisas diversas, mas falo de ballet tbm :)

    Bjo

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